Valentina Rocha acusa gestão Silva e Luna de improviso e "urgência fabricada"
Por Tribuna Foz dia em Notícias
ESCÂNDALO NATALINO
Valentina Rocha acusa gestão Silva e Luna de improviso e "urgência fabricada"
Vereadora aponta incompetência administrativa do governo incapaz de organizar até eventos previsíveis, como o Natal; "A emergência é criada pela própria prefeitura"
A vereadora Valentina Rocha (PT) elevou o tom das críticas contra a gestão Silva e Luna (PL), afirmando que o escândalo envolvendo a dispensa de licitação de R$ 2,5 milhões para a decoração de Natal expõe um modelo administrativo baseado no improviso, na falta de coordenação e naquilo que ela define como "urgência fabricada", quando situações artificiais servem para justificar contratações sem concorrência. Para a parlamentar, o caso não é um acidente: é o retrato fiel de um governo que patina em tarefas básicas de planejamento.
Segundo Valentina, a prefeitura transformou um evento anual e inteiramente previsível em uma corrida desesperada de última hora. O contrato com a empresa responsável pela ornamentação foi assinado no dia 27 de novembro, com início dos serviços já no dia seguinte, tempo insuficiente para justificar qualquer ausência de licitação. "O Natal não é surpresa para ninguém. A única surpresa é a incapacidade da gestão de se organizar minimamente para realizá-lo dentro da lei", afirmou a vereadora.
Ela aponta que a administração iniciou o planejamento do Natal apenas no segundo semestre, sem formar uma comissão específica e sem apresentar cronograma público, o que resultou em remanejamentos tardios e decisões atropeladas. Para Valentina, esse atraso não é um problema técnico, mas político: "A prefeitura cria o próprio caos, empurrando tudo para novembro, e depois usa o relógio como desculpa para contratar quem quiser, como quiser", disse. "Isso não é emergência, é estratégia."
A vereadora também critica o desmonte da política cultural do município. Há meses sem publicar editais do Fundo Municipal de Cultura, a cidade depende de incentivos nacionais enquanto falha em estruturar suas ações locais. No caso do Natal, a ausência de governança se soma ao remanejamento emergencial de R$ 2 milhões do Turismo para a Cultura, enviado à Câmara quando já não havia tempo para um processo transparente. "O governo não planeja, não articula e não acredita na participação. Ele apenas executa às pressas para justificar decisões que não passariam por um processo competitivo", disse.
Para Valentina, a incompetência da gestão se tornou estrutural. O caso da decoração natalina demonstra uma administração incapaz de cumprir etapas mínimas, como planejamento antecipado, criação de comissões técnicas, execução previsível e respeito às regras da Lei de Licitações. "A prefeitura transformou a desorganização em rotina", disse. "E quando a desorganização vira rotina, a população paga a conta. Nosso papel enquanto vereadora é fiscalizar e denunciar todos esses absurdos. É o que eu continuarei fazendo", finaliza.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 425, Página 5, da Redação
