Vereador Adnan El Sayed abala a comunidade árabe com terrorismo fiscal no Jardim Central
Por Tribuna Foz dia em Notícias
EXTREMISTA
Vereador Adnan El Sayed abala a comunidade árabe com terrorismo fiscal no Jardim Central
Vereador entrou com o requerimento nº 346/2024, com o objetivo saber quem são e quanto devem de impostos municipais os moradores do Jardim Central
O vereador Adnan El Sayed esparramou o terrorismo fiscal para cima da comunidade árabe residente na região do Jardim Central. Ele entrou com o requerimento nº 346/2024, com o objetivo de arrocho para cima de quem paga impostos municipais. No bairro não se fala em outra coisa. No documento, o vereador requer ao prefeito o "compartilhamento das matrículas imobiliárias e situação fiscal e jurídica dos imóveis situados nas ruas que circundam o Parque Monjolo". Na prática, Adnan quer saber a lista de quem paga imposto e também de quem está em débito com a prefeitura. A desastrosa atitude, além de ser ilegal levanta uma série questionamentos sobre a conduta.
O que é ainda mais intrigante é que o vereador não apresenta justificativa plausível. Veja: "O vereador abaixo assinado requer a Vossa Excelência, ouvida a Casa, o envio de expediente ao Excelentíssimo Senhor Francisco Lacerda Brasileiro, Prefeito Municipal de Foz do Iguaçu, para que se digne a encaminhar a esta Casa de Leis, dentro do prazo legal, o compartilhamento das matrículas imobiliárias e situação fiscal e jurídica dos imóveis situados nas ruas que circundam o Parque Monjolo, no bairro Monjolo (Rua Clara Nunes, Rua Procópio Ferreira, Rua Oduvaldo Viana Filho, Rua David Muffato)". Não apresentou a justificativa.
Adnan pediu ao prefeito a lista de todas as matrículas de imóveis daquela região onde se concentra a comunidade árabe. Quer saber, por exemplo, quem está em dia, ou com dívida ativa ou ainda em cobrança judicial. Com essas informações em mãos, o vereador poderá usar contra os moradores que já se sentem acuados.
Vale lembrar que no Brasil inteiro os cidadãos vivem pressionados pela alta carga tributária, sendo obrigados a cumprir uma agenda de altos custos. Um representante da comunidade tem o dever de buscar aliviar a carga tributária, mas Adnan segue o caminho inverso. Além de não ajudar o povo em relação aos pesados tributos, ele quer pressionar os cidadãos do Jardim Central para encher os caixas da prefeitura ou acelerar a execução de dívidas, o que pode provocar, ao fim do processo, o leilão de imóveis dos devedores.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 383, página 8, de autoria do Jornalista Enrique Alliana