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Vereador Adnan El Sayed poderá ser investigado por violência política na câmara de vereadores

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"PICARETAGEM"

Vereador Adnan El Sayed poderá ser investigado por violência política na câmara de vereadores

Homem de confiança do parlamentar, ex-assessor registrou ao menos dois endereços eletrônicos com o nome da vereadora; ação prejudica campanha digital da vítima

Acompanhada de seu advogado, Anis Sobhi Issa, a vereadora Anice Gazzaoui (PP) se reuniu na última sexta-feira (30) com o presidente da Câmara Municipal, vereador João Morales (UNIÃO BRASIL), para explanar sobre a conduta do vereador Adnan El Sayed (PSD) no caso de violência política do qual tem sido vítima nestas eleições.

Homem de confiança de Adnan, seu ex-assessor Ali Chams foi denunciado pela vereadora em 2 de agosto passado pelos crimes de injúria e falsidade ideológica. Conforme Boletim de Ocorrência (BO) formalizado pela vítima junto à Polícia Civil, Alli Chams registrou ao menos dois endereços eletrônicos com o nome da vereadora. A ação prejudica de forma direta a campanha digital da candidata.

"Viemos até a Câmara explanar sobre os atos cometidos contra a imagem e a pessoa da vereadora Anice. Trouxemos estes fatos para conhecimento da Casa de Leis com objetivo de que seja apurada eventual responsabilidade de quem está diretamente envolvido nesta situação", explicou o advogado Anis Sobhi Issa.

Conforme demonstrado pelo representante da vereadora ao presidente João Morales, sob propriedade de Ali Chams, foram identificados os domínios vereadoraanice.com.br e anicegazzaoui.com.br.

Segundo relato da vítima, em 3 de julho passado, ao tentar produzir o site da campanha em que disputa seu quarto mandato consecutivo, foi informada de que os domínios em seu nome estariam indisponíveis, "comprados por Ali Chams", assessor do Vereador Adnan.

"Após o registro do BO o assessor foi exonerado do gabinete do Adnan. Entretanto, o mesmo não negou a posse sobre os domínios registrados com o nome da vereadora, ao passo que atua diretamente como cabo eleitoral do vereador Adnan. Pedimos explicações junto a Câmara, pois trata-se de um ato de violência política contra uma mulher. Algo inaceitável e que não pode ser ignorado", sustenta o advogado.

INVESTIGAÇÃO

Presidente João Morales não descarta possível processo de cassação contra Adnan El Sayed

Chefe do Legislativo reconhece que o "fato não é comum" e destaca sua função de "zelar pela Casa e pelos vereadores"

Após tomar conhecimento formal sobre o caso, o presidente da Câmara Municipal, vereador João Morales, não descartou a possibilidade de abertura de uma Comissão Processante para investigar a responsabilidade do vereador Adnan Adnan el Sayed no uso de assessores remunerados pela Casa para promoção de ataques contra parlamentares.

"Chegou ao nosso conhecimento estas informações contra a vereadora Anice. Após formalizada uma denuncia, a peça será encaminhada ao departamento jurídico que fará a avaliação de todo conteúdo. A denúncia é contra o ex-assessor e o gabinete do vereador Adnan. Precisamos entender qual foi a motivação para que sejam tomadas as providências cabíveis", avaliou João Morales.

O presidente da Câmara destacou que à época dos fatos denunciados, Ali era lotado no gabinete do vereador Adnan. "Ele era assessor parlamentar e estava sob os trabalhos do vereador Adnan. Não é um fato comum. Precisamos zelar pela Casa e pelos Vereadores. Se houve alguma motivação, precisa ser esclarecido", reforçou.

CRIME POLÍTICO

Ainda de acordo com o BO, outro destaque trata sobre crime político contra a vereadora. "Caracterização de crime político. Há também a violação do nome da noticiante, por se tratar de um direito personalíssimo. A noticiante não possui nenhuma relação de amizade, nem de inimizade, com Ali Chams. Que seja apurado a participação do vereador, uma vez que o beneficiado com tal fraude seria em tese o vereador", sustentou Anice em seu BO.

Ocorrência exige posicionamento oficial da Câmara Municipal", avalia analista político. A situação envolvendo o ataque direto à campanha da vereadora Anice Gazzaoui, feito a partir de um assessor parlamentar pago com verba da Câmara Municipal, exige posicionamento oficial por parte da Mesa Diretora do Legislativo.

A avaliação é de um analista político com circulação livre entre os diferentes grupos parlamentares que integram a Casa. Sob a condição de anonimato, o analista pontua que o uso de assessores para ataques contra vereadores não é novidade, "mas não pode ser feito de forma tão escandalosa".

"Veja que o assessor do Adnan sequer teve a preocupação de registrar os domínios em nome de terceiros. Ele agiu para prejudicar a maior adversária política do seu chefe e o fez em seu próprio nome. Fica muito difícil entender se agiu assim por burrice ou por certeza de impunidade", finaliza o analista político.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 389, páginas 6 e 7

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