Vereador Adriano Rorato teria evoluído do café para a marmita
Por Tribuna Foz dia em Notícias
AGORA É MARMITA?
Vereador Adriano Rorato teria evoluído do café para a marmita
Se tem fome tem comida, tem esquema? Seria o novo possível escândalo das marmitas de Foz do Iguaçu. Isso lembra o passado, o presente e até o que pode acontecer no futuro?
Quem não se lembra do fatídica história do café superfaturado do Fozhabita? Sim. A história mal contada até os dias de hoje de quando então diretor administrativo e financeiro do FozHabita - Institituto de Habitação de Foz do Iguaçu, Adriano Rorato que era um dos braços direitos do então prefeito Chico Brasileiro na sua 1ª gestão teria sido flagrado superfaturando o café daquela autarquia.
Como diziam que na época muita coisa era superfaturado na prefeitura, em poucos meses foi Adriano Rorato que foi flagrado superfaturando o café. Na época os cientistas políticos do lado do prefeito Chico diziam que foi um "percalço", pois Adriano Rorato não entenderia nada de café e sim de marmita, ou melhor marmita gourmetizada, e tudo isso com um toque especial, afinal a família de Adriano era especializada em comida, afinal possuem até hoje vários restaurantes distribuídos pela cidade.
O Café, mais caro de Foz do Iguaçu
Lá em 2018, o esquema foi denunciado pelo o Jornal Tribuna Popular, na Edição 233 em 22/02/ 2018, onde a Prefeitura de Foz do Iguaçu pagava R$ 14,99 por um pacote de café que custava R$ 8,98 nos mercados.
O então diretor Adriano Rorato acabou exonerado e a dita licitação cancelada. Mas como na política o jogo de cadeiras nunca para, pouco tempo depois Adriano Rorato voltou a ser o braço direito do prefeito Chico Brasileiro, quando foi nomeado Assessor Técnico Especial e logo em seguida renomeado como Diretor de Telecomunicações, subordinado a Secretaria Municipal de Tecnologia da Informação.
Do Café para a Marmita
Corta para o ano de 2024: Em data de 10/04/2024 O vereador Cabo Cassol procedeu o requerimento 224/2024 questionando o prefeito sobre a aquisição, controle e distribuição de refeições (marmitex) à população em situação de rua.
Em resposta ao questionamento do vereador Cabo Cassol, a prefeitura emitiu oficio 5868/24 do Gabinete do Prefeito. Mas eis que surge uma informação muito interessante. As marmitas fornecidas para a população de rua estavam sendo entregues por uma empresa ligada à família do próprio vereador Adriano Rorato! E o precinho? Módicos R$ 16,67 por marmita. Para um "prato feito" básico, parece meio salgado, não?
Em resposta, a prefeitura informou que o responsável pela distribuição dessas refeições é o Centro POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua). Segundo o comunicado, o ente público fornece, em média, 60 marmitex diárias, a um custo unitário de R$16,67. A distribuição ocorre exclusivamente durante o horário do almoço, sendo garantida a organização e eficiência no atendimento dos usuários.
A administração municipal ainda destacou que o atual contrato de fornecimento de marmitas estava em fase de encerramento e que um novo processo licitatório já foi homologado, por meio do Pregão Eletrônico nº 9-0012/ 2024. O objetivo, segundo o comunicado oficial, é assegurar a continuidade do serviço de distribuição de refeições aos usuários dos equipamentos de assistência social.
A polêmica, no entanto, se intensifica ao se descobrir que a empresa fornecedora das marmitas está inscrita no CNPJ: 05.599.144/0001-20, Carvalho e Suzin LTDA, denominado Restaurante Caldeirão, pertencente à família do vereador Adriano Rorato, mais precisamente tendo como sócia administradora Eva Rorato Suzin, irmã do atual vereador Adriano Rorato. A revelação levanta questões sobre possíveis conflitos de interesse e favorecimento, alimentando ainda mais o debate sobre transparência e ética na administração pública de Foz do Iguaçu.
Lembrando que isso foi no ano de 2024 e que uma marmita no centro de Foz do Iguaçu nos dias de hoje é vendida por apenas R$ 12 reais, se comprados em quantidade com certeza custaria bem menos.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 405, página 10, de autoria do jornalista Enrique Alliana