"Vereador Bosco é um mentiroso"
Por Tribuna Foz dia em Notícias

VERGONHA
"Vereador Bosco é um mentiroso"
"Vereador Bosco é um mentiroso", afirmam vereadores do PL após polêmica sobre contas de Chico Brasileiro
A 13ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, realizada no dia 14 de abril de 2025, foi marcada por tensão, contradições de falas e acusações diretas. O centro da controvérsia girou em torno da votação do Projeto de Decreto Legislativo nº 2 de 2025, que tratava da rejeição das contas do ex-prefeito Chico Brasileiro, relativas ao exercício financeiro de 2022.
Durante a sessão, o vereador Bosco Foz, líder da bancada do Partido Liberal (PL), utilizou por diversas vezes o dispositivo de "questão de ordem" para afirmar que havia orientação oficial da presidente do PL municipal, General Silva e Luna, para que os vereadores da legenda votassem pela rejeição das contas. "Como presidente do PL, reafirmo a orientação de voto: Sim, rejeitando as contas do ex-prefeito Chico Brasileiro", afirmou Bosco no plenário, deixando claro que, segundo ele, a direção do partido havia definido uma posição.
Lembrando que o Vereador Bosco Foz já começou mentindo, pois ele não é presidente do PL e sim apenas líder da bancada do PL na Câmara Municipal.
Contudo, a votação contrariou a expectativa de Bosco: com 6 votos a favor da aprovação das contas e 9 contrários, a proposta de rejeição foi derrotada. A legislação exige quórum qualificado de dois terços dos vereadores (10 votos) para a rejeição ser validada. Como isso não foi atingido, as contas acabaram sendo aprovadas, com ressalvas, e agora retornarão à Comissão Mista, que emitirá o decreto confirmando a aprovação, a ser posteriormente promulgado pela presidência da Câmara.
O que deveria ter sido apenas mais uma votação técnica no Legislativo municipal, se transformou em um embate político interno. O Jornal Tribuna Popular, ao investigar a veracidade das declarações do vereador Bosco Foz, consultou dois outros vereadores do próprio PL, que, sob condição de anonimato, fizeram uma grave acusação: "O vereador Bosco é um mentiroso".
Segundo esses parlamentares, não houve em nenhum momento uma orientação partidária para que se votasse pela rejeição das contas. Pelo contrário, conforme relataram, o presidente municipal do PL, General Silva e Luna, teria comunicado à bancada que a votação seria uma decisão de consciência de cada vereador, sem direcionamento partidário. Essa informação desmonta o argumento sustentado por Bosco durante a sessão, e coloca em xeque sua conduta como líder da bancada.
Ainda segundo os vereadores ouvidos pelo jornal, Bosco teria feito pressão contínua e insistente nos bastidores para que os demais membros do partido seguissem sua linha de voto, mesmo sabendo que não havia uma deliberação oficial nesse sentido. "Ele tentou impor a posição dele como se fosse a posição do partido. Isso é grave. Isso é mentira", declarou um dos vereadores.
A postura de Bosco Foz, segundo essas fontes, teria criado um ambiente de constrangimento e tensão dentro da própria bancada liberal. A alegação é que ele tentou distorcer informações internas para fortalecer sua narrativa política, jogando com a imagem do partido diante da opinião pública.
Com essas revelações, cresce a pressão sobre Bosco dentro do PL e na Câmara. Os próximos passos podem incluir um pedido de esclarecimento oficial à direção partidária e até uma moção de repúdio, a depender da repercussão interna.
A votação das contas do ex-prefeito Chico Brasileiro, que já seria um tema delicado por envolver julgamento técnico do Tribunal de Contas, agora se torna palco de uma crise política dentro do Partido Liberal local, colocando em xeque a credibilidade do vereador Bosco Foz como líder e representante de sua legenda.
A verdade, neste caso, parece ter se tornado refém de interesses e disputas internas - e a palavra "mentiroso", usada com tanta firmeza por seus próprios colegas, pode marcar indelevelmente a trajetória política de Bosco no legislativo iguaçuense.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 412, Página 12, de autoria do Jornalista Enrique Alliana