Vereador Sidnei Prestes: O "X9" da Câmara de Foz do Iguaçu?
Por Tribuna Foz dia em Notícias

DEDO-DURO?
Vereador Sidnei Prestes: O "X9" da Câmara de Foz do Iguaçu?
O título, nada lisonjeiro, é atribuído ao vereador Sidnei Prestes Júnior (MOBILIZA), que segundo relatos de outros parlamentares, tem atuado como uma espécie de informante do Executivo
Entre os vereadores da Câmara Municipal de Foz do Iguaçu, um apelido tem se tornado cada vez mais recorrente nos bastidores: "X9". O título, nada lisonjeiro, é atribuído ao vereador Sidnei Prestes Júnior (MOBILIZA), que segundo relatos de outros parlamentares, tem atuado como uma espécie de informante do Executivo dentro do Legislativo. Segundo seus colegas, qualquer reunião interna, debate estratégico ou articulação política acaba rapidamente chegando aos ouvidos do prefeito General Silva e Luna, por meio do vereador.
Sidnei Prestes, conforme informações oficiais da própria Câmara, é advogado criminalista, mestre em Direito e empresário. Seu currículo é sólido, mas sua atuação política levanta dúvidas. A reputação de quem atuou no meio jurídico atendendo criminosos e, segundo comentários nos bastidores, até mesmo figuras envolvidas com corrupção, gera desconfiança. O ditado popular "quem anda com marginais, se torna um deles" passa a ser usado por colegas parlamentares para ilustrar a proximidade do vereador com práticas questionáveis.
A recente nomeação de seu então chefe de gabinete para um cargo comissionado na prefeitura - fato registrado no Diário Oficial - reforça a percepção de que o vereador tem mantido uma aliança estreita com o Executivo. Para muitos, o cargo foi um "prêmio" pela sua fidelidade e pelas informações repassadas, um bônus político pelo papel de elo entre o que deveria ser dois poderes independentes. Essa proximidade levanta um questionamento ético relevante: Como o vereador pode cumprir com imparcialidade sua função de fiscal do Executivo, se atua como um colaborador dentro da própria estrutura que deveria ser fiscalizada? Ao invés de atuar como um representante do povo, Sidnei Prestes passa a ser visto por muitos como alguém que trocou a autonomia parlamentar pela conveniência política.
Se antes era visto como um fiscal combativo, hoje sua imagem se confunde com a de um "prestador de continência", alguém que perdeu sua independência em nome de interesses pessoais e conveniências administrativas. E para a população, que acompanha tudo de fora, fica o alerta: quando o fiscal vira cúmplice, quem perde é o cidadão.
Sogra do vereador Sidnei Prestes foi nomeada e exonerada após denúncia de nepotismo
Quem não se lembra do recente episódio envolvendo o vereador Sidnei Prestes e sua sogra, Ana Rita Varella Dotto? O caso ganhou repercussão após denúncia publicada pelo jornal Tribuna Popular, revelando a nomeação de Ana Rita para um cargo comissionado na administração municipal de Foz do Iguaçu.
A nomeação foi feita diretamente pelo prefeito General Silva e Luna, que designou a sogra do vereador como Diretora de Projetos e Captação de Recursos Culturais da Fundação Cultural de Foz do Iguaçu. A nomeação, no entanto, esbarrou em um problema legal grave: o nepotismo. A prática de nomear parentes ou pessoas com vínculos familiares para cargos públicos viola os princípios da impessoalidade e da moralidade administrativa, previstos no artigo 37 da Constituição Federal. E sogra, conforme entendimento jurídico consolidado, é considerada parente de primeiro grau por afinidade, o que torna sua nomeação indevida.
A denúncia do jornal gerou repercussão imediata. No mesmo dia em que veio a público, o prefeito determinou a exoneração de Ana Rita, reconhecendo que o ato configurava nepotismo. A decisão foi uma tentativa de estancar o desgaste político e legal que o caso poderia gerar tanto ao Executivo quanto ao vereador Sidnei Prestes.
Esse episódio evidencia, mais uma vez, o uso político da máquina pública, onde nomeações parecem ser guiadas por laços familiares ou compromissos pessoais, e não por critérios técnicos ou meritocráticos. A tentativa de "encaixar" a sogra do vereador em um cargo estratégico da Fundação Cultural só não passou despercebida graças à atuação vigilante da imprensa local.
Casos como este reforçam a importância da fiscalização social e da imprensa livre, que cumprem papel fundamental ao expor práticas que comprometem a ética na gestão pública. Resta agora à população e aos órgãos competentes seguirem atentos para que episódios semelhantes não voltem a se repetir.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 414, Página 13