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Vereadora que reprovou as contas de Chico tem seus cabos eleitorais exonerados da Prefeitura

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Vereadora que reprovou as contas de Chico tem seus cabos eleitorais exonerados da Prefeitura
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PRATOS QUEBRADOS

Vereadora que reprovou as contas de Chico tem seus cabos eleitorais exonerados da Prefeitura

Yasmin Hachem permaneceu quatro anos dizendo "amém" aos desmandos do prefeito e se rebelou quando viu o barco afundando

Um antigo ditado popular diz que quando o barco começa afundar, as ratazanas são os primeiras a nadar até a costa para salvar a própria pele. Parece que essa anedota continua pontual quando se olha para o relacionamento de alguns vereadores com o prefeito Chico Brasileiro.

O governo desse prefeito está chegando ao fim de forma melancólica: filas quilométricas na saúde, buracos tomando conta da cidade, dívidas astronômicas e os escândalos pipocando em todas as direções, inclusive o casal real pego em flagrante trocando o telhado de sua mansão com o dinheiro do povo. Uma situação em que até os aliados querem distância do prefeito.

Ao ver o navio afundando, a vereadora Yasmin Hachem foi a primeira a abandonar seu camarote com medo de afundar junto e não garantir sua reeleição. Outros devem saltar de banda nos próximos dias.

Ponta pé na bunda

No caso de Yasmin, quatro exonerações publicadas no Diário Oficial trouxeram à tona o fim do acordo espúrio do prefeito Chico Brasileiro com a vereadora. O desfecho dessa relação ocorreu após ela, que fazia parte da base aliada de Chico e Rosa Jeronymo na Câmara, votar pela reprovação das contas referentes ao exercício de 2020.

Yasmin Hachem sempre tentou evitar o desgaste dos demais vereadores por fazerem parte da base aliada do prefeito na Câmara Municipal, nas na hora H dobrava a espinha e votava a favor para manter seus cabos eleitorais na Prefeitura.

É verdade que ela sempre teve proteção de seu mentor político, Nilton Aparecido Bobato (NABO, para os mais íntimos), alcunhado por sindicalistas como sendo "o carrasco do servidor".

Vez que outra, até que Yasmin disfarçava, votando contra algum projeto que não fedia nem cheirava. Bobato sempre intercedia pela protegida e Chico cedia porque temia a língua afiada de "Nabo" que insistia em dizer que tinha o rabo do prefeito em suas mãos.

Como de tonga Yasmin só tem a cara, ela continuou tendo trânsito livre no Executivo e mantinha indicações partidárias ocupando cargos comissionados de alto valor que rendiam cerca de R$ 7 mil por mês. Claro, tudo ficava com os cabos eleitorais porque Yasmin não gosta de "rachadinha".

PRATOS QUEBRADOS

Com a chegada das eleições, a relação de Yasmin Hachem e Chico Brasileiro estremeceu, já que o prefeito decidiu apoiar outros candidatos a vereador, principalmente do MDB, onde sua esposa Rosa Jeronymo dá as cartas e joga de mão.

Com isso, Yasmin, que esperava receber novamente o apoio do casal, decidiu se rebelar contra o prefeito. Na votação das contas do exercício de 2020, a qual ela ainda não ocupava a vereança para fiscalizar, e sem problemas apontados pelo Tribunal de Contas, ela decidiu votar contra. Quanta coragem!

Mais uma vez ela esperava que Nabo, seu tutor político, contornasse o mal- estar político com Chico Brasileiro, porém, isso não ocorreu.

Assim, os cargos comissionados indicados por ela foram todos para o olho da rua, a começar por João Victor Pries de Bastiani, que no passado foi chefe de gabinete da vereadora. Depois foi a vez de Pedro Luis dos Reis, Lenin Rhuan Espindola Olmedo e Andressa Alves. Todos fazem parte da base política da vereadora.

Durante as operações Pecúlio e Nipoti, o prefeito e uma penca de vereadores foram presos por causa da relação promíscua, de "fazer de conta" que fiscalizavam em troca de generosos cargos. No caso dos cabos eleitorais de Yasmin, o caso se repete e o "crime" tem até as impressões digitais. Acho que o promotor de defesa do patrimônio público está interessado no assunto.

CADEIA?

Mas a coisa não para por aí: tem algo mais de podre no reino da Dinamarca, ou melhor, no castelo encantado do casal Rosa e Chico. Castelo construído sobre areia e que está ruindo a cada dia que passa. Talvez por isso o alcaide aposta em alguns candidatos amigos do peito para que possam varrer a sujeita pra debaixo do tapete.

O NOME DA ROSA

Uma história de amor e ódio

Em seu fascinante livro "O Nome da Rosa", o brilhante escritor Umberto Eco descreve uma história de investigação sobre assassinatos misteriosos em um castelo medieval durante a maldita Inquisição. Aqui não temos assassinatos em série, nem fogueiras, mas uma incrível história de amor, traição e ódio.

Na verdade, a história que vamos contar, mais parece com os belos romances de Shakspeare, especialmente "Othelo", em que as traições, armações, rancores, ódio e vingança transitam com desenvoltura.

Essa história teve início na eleição de 2020 quando Yasmin Hachen conquistou, de forma surpreendente, uma vaga na Câmara. Ela era uma esperança para a juventude, mas antes mesmo de tomar posse conseguiu emplacar seu noivo para um cargo na Prefeitura.

A primeira dama, Rosa Maria Jerônimo de Lima, achou estranha a nomeação do queridinho daquela loira charmosa. Mas sabia que o marido precisa de uma base sólida na Câmara e deixou passar batida... porém, ficou com a pulga atrás da orelha.

Logo depois de assumir sua cadeira na Câmara, Yasmin passou a ser a dona do pedaço, fazendo o papel de articuladora na Câmara, defendendo o prefeito e nomeando vários apaniguados para ocupar cargos importantes na Prefeitura.

Yasmin Hachem sempre foi vermelha de carteirinha (sua mãe foi candidata pelo PCB), mais tarde descobriu-se que era verde por fora e vermelha por dentro, e sempre contou com a proteção de NABO, seu amigo, irmão e camarada.

Dona Rosa continuava com a pulga atrás da orelha e alertava o marido:

- um dia ela vai te apunhalar pelas costas.

O tempo foi passando e Yasmin continuou nadando de braçadas nas generosas tetas da Prefeitura. Esperta como uma naja, ela percebeu que Rosa não estava gostando de sua desenvoltura pelos corredores do palácio e decidiu se aproximar da primeira dama.

ROSA NA CAPITAL

Veio a eleição para deputado, Rosa saiu candidata e Yasmin assumiu a coordenação das redes sociais. Rosa tinha certeza da vitória, mas foi um retumbante fracasso. Ela não teve dúvidas em jogar parte da culpa no "corpo mole" de Yasmin com suas redes sociais.

A primeira dama assimilou a derrota mas passou a fustigar a vereadora, chegando classifica-la como "loira oxigenada". Yasmin não se fez de rogada e dava o troco nas rodas de conversas íntimas: "Sou loira e bonita, já ela... Fizemos de tudo para elegê-la e manda-la para Curitiba, aliviando o Chico dessa megera, mas ela é tão ruim de voto que não conseguimos".

VENDETA

Rosa é "um pote até aqui de mágoa" e tem um cérebro gigantesco na hora de colecionar desafetos. Yasmin está tentando a reeleição e esperava uma complacência da primeira dama. Rosa endureceu o coração e passou a procurar os cabos eleitorais de Yasmin para votar em sua candidata preferida, a professora Adriana que é sua comadre. É ódio que nunca termina.

Agora Yasmin ficou sabendo o poder da primeira dama. Sabe que a rosa é uma flor bonita e perfumada, mas tem espinhos que provocam feridas.. e cicatrizes profundas. Veremos qual será o próximo capítulo.

Pena que faltam apenas 100 dias para essa turma deixar o governo. Eles são tão divertidos!

Esta é uma reprodução jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular, Edição 392, páginas 6 e 7, de autoria do jornalista Enrique Alliana

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