VERGONHA

Vereadores do grupo do prefeito tentam barrar a CPI do Transporte a todo custo

Armações para sabotar a investigação vem ocorrendo desde o início

Tem um grupo de vereadores escalado para defender o Governo Chico Brasileiro e não os interesses da popula- ção. Esse bloco vem tentando a todo custo barrar e sabotar a CPI do Transporte Coletivo. As tentativas seguidas só fazem aumentar cada vez mais as suspeitas de graves irregularidades no servi- ço que consome dos cofres públicos mais de R$ 20 milhões só neste ano. O que tem essa gente a esconder, tamanho é o esforço para desmontar a CPI.

As armações para sabotar a investigação vêm ocorrendo desde o início. Primeiro eram quatro assinaturas para abertura da Comissão Parlamentar de Investigação: do Presidente João Morales e os vereadores Cabo Cassol, Galhardo e Marcio Rosa. Os integrantes da bancada do prefeito jogaram que não teria a quinta assinatura. Ao mesmo tempo, o secretário de Governo, Nilton Bobato (antes era Secretário de Administração) foi para as redes sociais atacar a CPI e o Presidente da Câmara.

Sim, Bobato assinou o atual contrato do transporte coletivo depois de um nebuloso processo que rendeu ação judicial e tem sentença condenando o Município. No fim, Bobato e Chico Brasileiro sabem que vai sobrar até pedido de cassação dos direitos políticos e ação criminal contra os envolvidos. Pode dar cadeia! Então, barrar a CPI é uma questão de vida ou morte para essa turma acostumada às ilegalidades e que buscam em seus parceiros vereadores - 8 deles ainda fechados com o Governo - impedir qualquer ação que venha expor os indícios de corrupção na prefeitura.

Líder do governo tentou, de surpresa, derrubar CPI

Por meio de uma manobra, o líder do prefeito Chico Brasileiro (Vereador Alex Meyer), durante uma sessão, aproveitando a ausência momentânea do presidente João Morales, tentou colocar em votação extra-pauta o requerimento de abertura da CPI. Morales surgiu no plenário em tempo de impedir a manobra que pretendia, de surpresa, reprovar o requerimento no plenário.

A imprensa e a opinião pública compraram a briga pela abertura da CPI, tanto que o vereador Nei Patrício, antes membro da base, resolveu colocar a quinta assinatura. Depois disso, todos os outros vereadores resolveram assinar. Assim, houve a primeira vitória do povo numa luta hercúlea dos poucos vereadores que defendem a fiscalização dos atos do prefeito e os demais gestores da administração municipal. Entretanto, foi só a primeira parte. Para a CPI, efetivamente acontecer, ainda há um longo caminho.

Nomeação de membros da CPI assombra a administração do prefeito Chico Brasileiro

O artigo 70 do Regimento Interno da Câmara prevê: "§ 2º Na composição das comissões, assegurarse-á tanto quanto possível a representação proporcional dos Partidos com assento na Casa, garantida a participação do autor da proposição que deu origem a criação da Comissão como Presidente ou Relator, mediante votação realizada em sua primeira reunião". Seguindo essa previsão, o presidente João Morales nomeou os membros da CPI do Transporte.

Pela maior bancada com assento na casa (o PSD com 5 vereadores) foi nomeado o vereador Marcio Rosa (PSD); Pelas bancadas com 2 vereadores foi escolhida a vereadora Carol Dedonatti (Progressistas); e pelas bancadas minoritárias - com um vereador cada uma - foi nomeado o vereador Galhardo (Republicanos). Entre os membros, eles definiram as funções, ficando Galhardo como presidente; Marcio Rosa como relator; e Protetora Carol na condição de membro.

Bateu o desespero no bloco do prefeito

A nomeação dos três membros da CPI colocou a bancada do prefeito em polvorosa. Tem sido um verdadeiro desespero. Já na reunião em que o presidente anunciou os nomes deu gritaria, inclusive com ameaças de mandado de segurança contra João Morales com uma acusação descabida de autoritarismo. A intenção é arrumar algum artifício para tornar nula a nomeação do presidente ou, se possí- vel, se valendo que a maioria é da bancada do prefeito, promover um afastamento de Morales.

As armações para barrar a CPI não param. E quem diria: Nos bastidores, os vereadores da base do prefeito, em especial Alex Mayer, Adnan El Sayed e Rogerio Quadros tentam instigar os colegas a entrar com atos de contestação dos atos sobre a CPI e até, se preciso for, arrumar algum artifício para afastar João Morales. Quem caiu na conversa destes três vereadores, esta pensando em assumir as funções de Morales, o primeiro que caiu nesse conto foi o primeiro vice-presidente, Rogério Quadros, que vem se transformando em um dos principais defensores de Chico Brasileiro na Câmara.

Ocorre que ocorre que Alex Meyer não coloca o nome justamente para não se queimar, mas quem segue as suas ordens e artimanhas estão se queimando perante a opinião pública. É o caso de Rogerio Quadros que entrou com um recurso em cima do ato da Presidência que nomeou os membros da CPI. O tal recurso é totalmente descabido pois o presidente tem esse poder de nomear, sendo a proporcionalidade dos partidos foi respeitada.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada no Jornal Tribuna Popular (Mídia Impressa) - Edição 362, página 8