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Vereadores Marcio Rosa e Galhardo pedem a presença da Guarda Municipal para retirar o "povo" da casa de Leis

Por Tribuna Foz dia em Notícias

Vereadores Marcio Rosa e Galhardo pedem a presença da Guarda Municipal para retirar o "povo" da casa de Leis
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CÂMARA

Durante a votação do projeto do completivo salarial dos professores, os vereadores Galhardo e Marcio Rosa pediram a presença da Guarda Municipal para retirar um cidadão que questionava a atitude deles. O fato aconteceu na sessão extraordinária do dia 2 de março. Galhardo acabara de usar a tribuna, pedindo vistas ao projeto o que foi negado pela maioria.

Lembrando que os demais vereadores defenderam e aprovaram o projeto da forma como proposto pelo Executivo, ou seja, os professores que ainda não recebem o piso continuam a ter o completivo sem incorporação ao salário.

Em determinado momento dos debates um cidadão disse no plenário que Marcio Rosa e Galhardo nem poderiam estar ali. Galhardo sofreu pedido de cassação por supostos crimes de rachadinha e uso de funcionária fantasma. Apesar das evidências, Galhardo só não perdeu o mandato por falta de um voto. Marcio Rosa foi acusado pelo cidadão de estar ali de forma ilegítima, pois não conseguiu votos necessários nas urnas, mas tomou o lugar de Maninho de Souza por meio de ação judicial por erro do partido PSC na composição da chapa.

Marcio Rosa se preparava para falar na tribuna quando o cidadão voltou a esbravejar. O presidente João Morales tentou acalmar os ânimos. "Vereador Márcio só um minutinho. Antes que o senhor continue eu peço a vocês que pode se manifestar na questão de levantar as folhas, fazer a questão regimental. Que vocês prezem pela lei, pela legalidade e assim a gente vai manter a ordem aqui nenhuma manifestação verbal pode ser feita".

Nesse momento, Galhardo e Marcio Rosa já batiam boca com o público. João Morales voltou a intervir: "Essa interlocução não pode acontecer. Pode continuar a palavra Vereador Márcio Rosa".

VEREADOR FOI INTERROMPIDO E FICOU NERVOSO

O vereador Marcio Rosa tentou retomar a palavra quando novamente foi interrompido pelos apupos da platéia que acompanhava a sessão junto com integrantes do Sindicato dos Professores. Marcio se irritou: "O senhor já se manifestou umas quatro ou cinco vezes durante as falas. Não é a primeira, toda sessão está aqui. Eu peço quer retire ele daqui porque toda sessão ele está aqui, toda sessão ele perturba. Se tem algum problema com alguém então por favor que ele se retire do local".

Com o cidadão insistindo, Márcio Rosa foi o primeiro a pedir a presença da Guarda para retirar a pessoa do plenário. Na sequencia, o presidente João Morales confirmou a solicitação e logo depois Galhardo também reforçou. "Peço a presença da Guarda, por favor. Tem que retirar, ele tem problema", disse Galhardo.

O agente da Guarda que presta serviços na Câmara não estava no momento e foi solicitado reforço. Entretanto, como a sessão estava no final, ela encerrou-se antes mesmo de a segurança cumprir o pedido da presidência e dos dois edis.

Vereador Marcio Rosa quebra o regimento e usa sessão extraordinária para explicar como ele assumiu o mandato

Perturbado com os questionamentos da platéia que o acusou de estar vereador de forma ilegítima, o vereador Marcio Rosa usou indevidamente a palavra durante sessão extraordinária. Com isso, ele e o Presidente da Câmara, João Morales, quebraram as normas do regimento interno da Câmara. Na inércia da condução dos trabalhos na plenária, Morales deixou Marcio Rosa usar a sessão extraordinária para explicar como ele assumiu o mandato.

O vereador fugiu totalmente do tema da sessão que era o projeto do completivo salarial para os professores. "Assumi por meio de uma ação judicial pelo Tribunal Regional Eleitoral por 6 votos a zero por uma fraude cometida, uma regularidade que violava o direito das mulheres na participação e na inclusão na participação política e também no empoderamento da mulher. Nas questões sociais então houve uma fraude e retornei por uma ação judicial. A justiça fez justiça e devolveu aquilo que era de direito a quem eu era e condenou aqueles que cometeram essa fraude".

Marcio Rosa disse tudo isso, sem ser, sequer interrompido ou alertado pelo Presidente João Morales.

Esta é uma reprodução do Jornal (Mídia Impressa) Tribuna Popular - Edição 347, publicado na página 4, escrita pelo Jornalista Enrique Alliana

 

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