"Volta Paulo, Reni ou Chico Brasileiro", qualquer um destes é muito melhor do que o general
Por Tribuna Foz dia em Notícias

CAMPANHA
"Volta Paulo, Reni ou Chico Brasileiro", qualquer um destes é muito melhor do que o general
Para um prefeito que se dizia administrador, está deixando muito a desejar. Tanto é que a população esta começando a falar saudade do "ex-prefeito"
Nos últimos dias, uma frase tem ecoado com força crescente entre os moradores de Foz do Iguaçu: "Volta Paulo, Reni ou Chico Brasileiro". A frase, que a princípio poderia parecer apenas um desabafo nostálgico, vem ganhando corpo como um grito coletivo de insatisfação diante da atual gestão municipal. A campanha, ainda que informal e disseminada principalmente pelas redes sociais, carrega consigo um peso simbólico: o descontentamento generalizado com o prefeito General Silva e Luna.
A expressão "saudade do ex-prefeito" é, por natureza, carregada de uma certa ironia. Ninguém sente saudade de um político por acaso. Esse sentimento só costuma emergir quando a nova gestão se mostra aquém das expectativas, ou francamente desastrosa. E é justamente esse o cenário percebido por muitos iguaçuenses, que apontam que a administração de Silva e Luna tem sido, até agora, a mais fraca dos últimos tempos.
Os primeiros 100 dias de governo, tradicionalmente analisados como um indicativo do ritmo e da competência de um mandato, foram recebidos com críticas contundentes. Para os mais politizados, esses meses iniciais do General à frente da prefeitura representaram um retrocesso. Comparações têm sido feitas com a infame gestão de Harry Daijó, ocorrida há mais de duas décadas e lembrada com pesar por boa parte da população. Para muitos, a atual gestão conseguiu ultrapassar, em ineficiência, aquela que antes era tida como uma das piores administrações da história de Foz do Iguaçu.
Nas redes sociais, multiplicam-se postagens de desabafo. A frase "tudo pode piorar nesta vida" tornou-se quase um bordão para ironizar o momento vivido pela cidade. A gestão que se vendia como "técnica" e "administradora" revela, na prática, uma incapacidade de articulação política, de escuta social e de execução eficaz de políticas públicas. A máquina administrativa dá sinais de lentidão, e a cidade parece caminhar sem rumo, sem liderança e sem esperança.
Diante dessa frustração, o passado recente passou a parecer mais promissor. Paulo Mac Donald, Reni Pereira e Chico Brasileiro, ex-prefeitos com trajetórias marcadas por altos e baixos, voltaram a ser lembrados - agora como possíveis soluções para a crise. A comparação com o atual prefeito favorece os três, mesmo com suas respectivas polêmicas ou críticas. A percepção popular é clara: qualquer um deles fez mais, gerou mais resultados, e demonstrou mais habilidade política do que o General Silva e Luna.
Esse movimento de lembrança e desejo de retorno de antigos gestores revela não apenas a falta de confiança no presente, mas também a ausência de perspectivas para o futuro. A população sente que Foz do Iguaçu parou no tempo, presa a uma gestão que não dialoga, não entrega e não inspira. A crítica cresce, o desânimo se espalha e, nas entrelinhas das postagens e conversas de rua, emerge uma inquietante pergunta: até quando?
A cidade assiste, apreensiva, ao desdobramento dessa gestão, enquanto cresce, dia após dia, a nostalgia de tempos que pareciam difíceis - mas que, agora, são vistos como bem melhores do que o atual.
Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 413, Página 16, de autoria do Jornalista Enrique Alliana