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ARTICULAÇÃO NA CÂMARA: João Morales foi exonerado antes mesmo de ser nomeado

Por Tribuna Foz dia em Notícias

ARTICULAÇÃO NA CÂMARA: João Morales foi exonerado antes mesmo de ser nomeado
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ARTICULAÇÃO NA CÂMARA

João Morales foi exonerado antes mesmo de ser nomeado

O golpe que caiu por terra; Tudo começou com uma articulação direta do presidente da Câmara, Paulo Debrito, e de seu fiel escudeiro Sidnei Prestes

A cada semana, o governo do prefeito general Silva e Luna parece se superar. Mas não em realizações, e sim em tropeços políticos. A mais recente trapalhada envolve o expresidente da Câmara, João Morales, que protagonizou um episódio digno de um roteiro de tragicomédia política: foi exonerado antes mesmo de ser nomeado.

O fato, que correu pelos bastidores do Legislativo iguaçuense, escancara o amadorismo, a desarticulação e o desespero de um governo que tenta, a qualquer custo, manter alguma influência sobre uma Câmara que já não lhe obedece.

Tudo começou com uma articulação direta do presidente da Câmara, Paulo Debrito, e de seu fiel escudeiro Sidnei Prestes. Ambos pressionaram o Executivo a reaproximar João Morales do cenário político, acreditando que ele seria a peça capaz de enfraquecer o grupo independente, conhecido como "G9". Esse grupo, composto por nove vereadores, é hoje o grande obstáculo para as pretensões do prefeito dentro do Legislativo, já que a base governista se resume a apenas seis apoiadores.

Em termos matemáticos, o cenário é simples: o prefeito perdeu a maioria. E, sem maioria, nenhum projeto polêmico avança. Foi então que nasceu o plano, ou como muitos chamaram, a "minuta do golpe". A missão de João Morales seria infiltrar-se politicamente e minar o G9 por dentro, promovendo divisões e incentivando traições. O problema é que, como em todo plano malfeito, o segredo durou pouco.

De acordo com relatos, João Morales, a pedido de Paulo Debrito, foi pessoalmente à casa do vereador Adnan El Sayed para apresentar sua "proposta". O conteúdo da conversa, que beirava o absurdo, incluía incentivos políticos e até promessas de benefícios para que Adnan abandonasse o G9 e atacasse dois colegas de grupo, em uma tentativa de implodir a frente independente.

A ironia é que o termo "golpe" parece ter se tornado parte do vocabulário natural da direita local, especialmente daqueles que se dizem liberais, mas que na prática agem com autoritarismo e manipulação. No entanto, o plano deu errado antes mesmo de começar. Adnan El Sayed, demonstrando lealdade e postura, expôs imediatamente a proposta ao restante do grupo, revelando a tentativa de cooptação e desarticulação orquestrada pelos aliados do prefeito.

O efeito foi devastador. O que deveria ser um movimento de força transformou-se em mais um capítulo de constrangimento político para o governo. O "golpe" se revelou um tiro que saiu pela culatra, e o nome de João Morales, que mal havia voltado à cena, tornou-se sinônimo de derrota e descrédito. A reação foi imediata: sua exoneração veio antes mesmo de qualquer nomeação oficial. Um ato simbólico de um governo que não consegue concluir sequer suas próprias manobras políticas.

Esse episódio mostra como o general Silva e Luna e seus aliados mais próximos vivem um momento de completo isolamento político. Sem base sólida, sem diálogo e sem estratégia, tentam a todo momento manipular a Câmara, esquecendo-se de que os vereadores independentes representam uma parcela expressiva da população insatisfeita com o rumo da cidade.

O erro, no entanto, vai além da falta de habilidade. Ele reflete um vício de origem na gestão do prefeito: a crença de que a política pode ser conduzida como um quartel, à base de ordens e manobras de bastidores. Mas a Câmara de Vereadores não é um batalhão, e os parlamentares não são soldados. O ambiente político exige negociação, respeito e legitimidade. Três qualidades que parecem ausentes na atual administração.

Com mais esse episódio, o governo acumula mais uma derrota moral e política. João Morales, que entrou em cena para ser o articulador de um plano de poder, sai dela como símbolo do fracasso. E o prefeito, mais uma vez, mostra que sua maior dificuldade não está na oposição, mas na própria incapacidade de construir pontes e alianças de forma ética e transparente.

O caso João Morales é o retrato perfeito do governo Silva e Luna: cheio de promessas, carente de resultados e movido por articulações desastrosas. O Presidente da Câmara, Paulo Debrito e Sidnei Prestes ao tentar dar um golpe, acabaram golpeados por suas próprias incompetências.

Como dizem a "voz do povo é a voz de deus" e que "Se conselho fosse bom, não se dava, vendia". Um conselho saudável nos dias de hoje para esse governo, é nada mais e nada menos que achar uma pessoa igual, ou parecido com o articulador que o ex-prefeito Chico Brasileiro tinha. Pois a época, os abacaxis eram resolvidos antes mesmo de serem descascados.

Nos dias de hoje, cada abacaxi descascado é símbolo de amargura e por fim bate o arrependimento de ter deixado isso chegar a um ponto que a digestão virou na certa uma indigestão.

Esta é uma reprodução da matéria jornalística publicada pelo Jornal Tribuna Popular, Edição 423, Página 16, de autoria do Jornalista Enrique Alliana

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